domingo, 28 de fevereiro de 2010

maldições ao vento.

O difícil das palavras é que nem sempre elas dizem o que pensamos em escrever. Diz o velhor Dirceu ao lembrar de sua juventude que tinha sido um tanto difícil. -Meu caro filho a vida não é tão ruim assim não lamente. Na sua idade você não pode confiar em ninguém, ou então dê seu sangue aos que imploram sua dor. As pessoas passam por isso. Eu passei também se não acredita, e vou te contar pra ver como foi pior. Nunca fui de ter amigos, ninguém nunca foi bom o bastante pra me agradar. As pessoas mentem, roubam forjam, te enganam, não existe amigos de verdade nesse mundo. Mas existe os persistentes que mesmo errando lutam para manterem um relacionamento bom entre vocês, você só precisa deixar sua sensibilidade ligar ao seus sentidos querido. Bom, eu devia ter uns 15, nunca fui bom em números, sabe sempre andei com com um, mas ninguem, meus amigos nunca foram de colegial. Eu nunca discuti, a base de tudo era uma conversa franca, até que tudo começou a se tornar mais difícil. Os conceitos, as mudanças, o orgulho. ÓBVIO, não foi num semaninha, o tempo foi indo e levando um pouco de desaforo, orgulho, omições até que a carga foi ficando pesada pra quem andava com esse tempo maldito que deixava-nos carregar essas aflições. Eu e meus namoricos, era de tirar boas gargalhadas. é, eu minto mal. era muito esperto, conseguia sempre saber de tudo. as pessoas nao escondem a verdade. elas só dobram em várias partes e guardam no olhar. o rosto é o seu inimigo para mentiras. e como nossa geração nunca foi lá pros ramos de cinema, estamos mais ferrados ainda, acredite. eu tive um caso, que não durou muito tempo mas, ela era linda. sua pele branca, macia me tirava o fôlego e seu corpo magro e estreito me era bem cômodo. Vulnerável e frágil não demorou muito pra termos algo mais intímo, se é que me entende garoto. Mas foi rápido, logo algumas semanas após o começo de nossa história eu fui vendo o quanto a garota cor de Paris era egocentrica. isso pra mim explicar mais da metade de suas aitudes superfluas e infantis. Mas não foi só isso. durante esse relacionamento de poucas semanas tive de apresentar a parisience fabulosa a único "um" que me acompanhava, meu amigo José. eles eram colegas, afinal o antisocialismo não era seu forte. é, e não era mesmo. Depois que terminei com ela, coloquei uma placa no café onde trabalhava no centro " Proibida entrada de francesas e ninfomaniacos". ah não faça essa cara, a piada foi boa sim. bom, eu proibi a entrada do meu café, mas o josé não proibiu a entrada do seu quarto. Ele até me havia dito que estava ate mais amigo dela. eu me irritei, é claro. eu sabia a meretriz que ela era. mas meu amigo nunca me deu ouvidos em questao de amor. se é que com ela, pode-se dizer amor. Mas é incrivel como as pessoas sempre acham que as pessoas são mais burras que elas. eu sempre detalhista, eu sabia que não era só aquilo. mas não dei ouvidos a minhas duvidas. e pra que não dei? eu era que nem eles, adorava ser enganado. eu sempre gostei de visitar meu amigo nos finais de semana, eu não tinha tempo livre o suficiente. Eu resolvi fazer uma surpresa, arrumei as malas e fui fazer uma noite de amigo na casa dele. aluguei os melhores filmes. lógico, ou ahca que iamos passar a noite sendo chicoteados de filmes tediantes? ou baralho, fazia isso de manha com os de idade muito mais avançada que a minha, na época. como sempre tinhamos uma a chave do outro, afinal não sabiamos quando a casa poderia pegar fogo certo? resolvi lhe pregar um susto daqueles. e na hora que me vem a cabeça de abrir a porta, já abrindo. nem mais nem menos. ele se assustou como pensei. já era de madrugada e estavamos morrendo de rir da vida dos outros nossos colegas, lhe derrubei um copo enorme de refrigerante no corpo sem ao menos ver, e foi direto ao banheiro tomar um bom banho. estava um tédio e então fui ver as suas correspondencias. incrivelmente tinha mais de 20 cartas abertas. e todas para josé. ele sempre odiou correspondencias, a curiosidade e o receio me pregaram nos olhos. fui ler, nunca fomos de esconder nada. eu ate emprestava minhas roupas a ele e o mesmo acontecia comigo. cartas de amor, tinha de ser. cartas de amor explicito. eu fiquei muito impressionado afinal, ele nunca havia me dito que flertava alguém, eu quase ia me esquecendo , o remetente, pensei. A parisience. eu pensei em milhões de coisas pra falar a ele na hora, e até me deu vontade de esbofetear a cara daquela francesa maldita. mas nessas horas nada melhor do que um doloroso e infeliz silêncio. guardei as cartas, liguei para um táxi, guardei minhas coisas e fui embora. nós pensamos que quando passamos por coisas ruins sempre seremos frios e fortes. mas eu fui a maior criança de todas. quando cheguei em casa chorei até meu rosto se desfazer nas minhas lágrimas. era mais que um amigo, um irmão de vida. era ter que deixar o amigo morrer na estrada e continuar sozinho. bom depois daquilo surpreendetemente eu fui tranferido para outro estado, porcausa do trabalho do meu pai. antes de eu sair da casa do josé eu lhe escrevi uma carta que tinha mais ou menos uma tres paginas. eu nem lembro o que eu escrevi naquela hora. mas de uma coisa estou conciente até hoje, eu escrevi na ultima pagina " O tempo passa rápido, quando você menos espera tudo já se desfez sem ao menos você poder dizer que essa cena foi como uma tarde de primavera num pic-nic com seus íntimos. deixar que tudo aconteça é um descaso, e parar pra ver se acontece é desgastante. nesta página não existe o cômodo." que irônia não? eu falando de atuar.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

because

Tudo gira, e as náuseas o faz pensar que nem precisou de uma pilula branca ou de algum tipo de pó para suas alucinações florecerem saindo de sua boca, olhos, ouvidos. Esta tão frio e ele s sente no mar, totalmente nu sem proteção ou outro corpo pra se aquecer. as veias de sua garganta pulsam loucamente como um motor de um carro de corrida, foi imprescindivel tentar evitar as náuseas subirem e subirem. Seus olhos balancarem conforme o ritmo sonolento e empnotizador da música. Seus braços balançavam e balançavam e cada vez mais tudo girava. sua lágrimas desciam de seus olhos avermelhados tom de sangue, desciam quentes como se parecia borbulhar dentro das palpebras. ele só pedia perdão a Deus por não aguentar tudo aquilo que estava acontecendo. o sol parecia cansar, os pés pareciam sangrar. e as lágrimas pareciam não parar. porque o céu é azul e isso me faz chorar. ele tentava se concentrar. ele implorou pelo menos até duas dormidas do sol para Deus lhe dar forças para não fazer aquelas coisas acabarem de uma vez por toda com todas as seus 17 outonos. suas lágrimas secaram e seu rosto desinchou, mas sua ferida pulsa tentando abrir e com suas grandes maos ele tenta fecha-la fazendo-a sangrar mais e mais, e mais.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

crying lightning.

Ela viu todas aquelas coisas desmacharem, os céus, os alicerces, as pessoas, os prédios parecem cair como tijolos sob sua cabeça e cada passo um prego enfiado nas suas artérias. as pessoas parecem metralha-la com os olhares, e seus pés doem, doem doem. nao mais que o coração. ela nao se importava. o sorriso estampa uma pintura mal feita no seu rosto. aquele balaclava nao escondia seus lábios tremendo e seu nariz ficando vermelho, não escondia o ódio, muito menos a falsa indiferença. pula, grita, chora, ela se quebra como um forte relâmpago em sua cabeça tanscendendo seu corpo de uma luz ruim. só passos, só passos. uma luz chorante e triste a ilumina e todos veem como um mero sol quente de verão, mas ´so nela. iluminando por fora e estremecendo de frio na escuridão por dentro. "estou bem, não se preocupe jeane", ela mentia tão descaradamente que parecia estar cuspindo no prato que comia com um ar de satisfação. sua hipocrisia atingia como helices afiadas nos ouvidos de quem era obrigado a ouvir suas palavras mentirosas. ela corrompia sua maturidade fingindo ser tao auto-suficiente para aguentar ver tais coisas exorbitantes e supérfluas. e mais escurecia e o sol mais brilhava e aquilo a machucava mais. era uma luz brilhante, o sol brilhava nas suas costas mas sua fronte era de tristeza e dor, estava escuro. sua sombra formava uma cobra aos pés de todos. a calçada parecia entristecer com ela e todos a sua volta sumiram. as nuvens pareciam chorar ardentemente até perderem o folêgo, manchar sua maquiagem mal feita, seu balaclava cair, e tudo for pro espaço. ela estava num gramado e a chuva era seu cobertor, ela fechou seus olhos. e as nuvens choraram, com ela.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Catherine.

7 de setembro de 1943

Eu nunca esqueci daquilo que mais conversamos, nem mesmo de ciuminhos e coisinhas irrelevantes que falavamos. talvez você fazia minhas ilusoes tao vivas que cheguei a pensar que seriamos pra sempre. eu queria eu queria, mas eu odeio matar o amor das pessoas eu odeio matar a felicidade, seria hipocrisia eu fazer isso, se de tanto reclamei e me prometi que nao agiria assim igual as pessoas tem feito comigo nos ultimos 5 anos. se eu estivesse com você agora nada disso teria acontecido. costumei andar sem olhar pra frente, e chorar sem ao menos perceber, e me pegar pensando em nós dois. como um só, contando as estrelas, deitados no gramado, sem cobertor sem almofadas. só eu e você pra nos aqecermos. costumei mandar cartas e cada elas levar um pedaço de mim, e eu me fixava só nesse pedaço que ficava com você. eu me machucava percebendo a realidade, você estava longe eu.. eu mais alguem que acha que pode ser feliz. eu tinha pedaços meus com você. mas nao toda. isso nao bastava, machucava. é incrivel o poder que eu tenho pra me machucar. o que eu mais queria/quero, seria estar do seu lado, e acordar e olhar você do outro lado da cama. é preparar duas canecas de café, é ter duas cadeiras de praia e, ser um corpo só com você. se nao fosse demais, eu muito queria saber quem eu realmente sou. e agora eu me sinto um monstro nojento e grotesco que nao pensou no que essa relação poderia levar. eu realmente queria que você fosse feliz, eu me machucaria muito em te ver nos braços de outra. mas eu realmente nao me importaria de rasgoes e arranhoes se fosse pra você ficar feliz. eu sei que isso desgasta, só que eu faço isso para o nosso bem. você sabe que nao iria fazer bem essas ilusoes. eu nao sei o que pode acontecer no futuro, mas o nosso presente nao vai ser pra nós. e eu nao quero que tenha ilusões com isso, é com muita dor no coração que falo isso. mas é o melhor pra você. te amo, muito. para sempre tua, catherine.

domingo, 6 de setembro de 2009

entender mais

eu entendi, entendi que tudo deve ser conforme o nosso destino e nao como agente quer. entendi que todos nós deveriamos estar sendo felizes por ai, sem medo de ser assaltado ou estuprado, entendi que muitas pessoas fazem o que quer e prejudica 70% da população que resolveu seguir o caminho que feito pra ela. entendi que pra muitos que fazem o caminho que quer, a morte é um ponto final. mas pra aqueles que seguem o caminho que te deram, a vida é um capitulo intenso mas bem vivido, e a morte é só o próximo paragrafo de uma vida eterna com Deus. entendi que tudo que nós pensamos é no fundo um desejo de nossos corações estupidamente carnais. e entendi que as coisas do espirito quando levadas a serio tem muito mais sentido do que os olhos humanos tentam entender. entendi tambem que facassar nao é um sinal de inutilidade, mas um sinal de que conquistar vai ser muito mais agradavel quando se olhar pro final da fila e ver o que lhe espera, só mais um incentivo de continuar. entendi que nao importa o que eu escreva e como e de que forma lhe parece agradar, entendi que a vida das pessoas só é um lixo, porque elas sujam ela. entendi tambem que quando você é materialista, você morre espiritualmente. mas quando se da valor ao seu espirito, seu semblante adoravelmente embeleza. eu entendi, que ter Deus comigo, é lucro. from: karolyne de souza oliveira; to: God.

domingo, 16 de agosto de 2009

juntar e espalhar. num estalo.

As vezes eu me deparo com certos tipos de situações que normalmente sao coisas da vida, que todos passam.Mas sao coisas que aparentemente nao tem muito valor. Faz lembrar o caso de uma menina que a vida se parecia perfeita, ou ao menos agradavel a seu padrão. Vida social normal, pai casados judicialmente, uma irmã e um urso que nao desgrudava nas noites frias, calorentas, agoniantes, amendrontadoras ou sequer normais de sonos intensos e pesados. os outonos, ivernos se tornando algo muito peculiar afinal nao mudava. Suas experiências joviais eram as menos desesperadoras possiveis, na frente dos pais é óbvio. Ela ja tinha de tudo em seu corpo, ou mente. entrado saido, tragado, inalado.. ela ainda nao tinha uma vida indiferente. Isso realmente não havia te desesperado, se ja havia passado por coisas piores. familia o de menos e garotos o normal no dia a dia, o sentimentalismo uma lei que explodia por dentro e uma luz , que tal luz tenebrosa, que nao se explodia por fora a nao ser pela sua inexpressão aterrorizadora, era algo inexplicavelmente insano. normal pra ela, ou pra eles. Ela só nao queria problemas comuns. e.. não recebeu mais do que nao pediu, ou sugeriu nem se quer um pigarro, ou um café; ela respirou fundo realmente nao queria escutar aqeles gritos, mas escutava. o seu ouvido parecia estar colado naquela porta e as lagrimas pareciam nao caber no interior de suas palpebras, e seu globo ocular expremia elas e esmagava toda a dor daquilo, ja passara por coisas piores idai? idai, que ela esperava tudo, pela fumaça pela chuva pelos ventos e a neve as neblinas os carros as folhas, mas nao pelo sol. isso normalmente nao era bom. pra ela nao, e nao foi. os gritos as intrigas e tudo aquilo lhe arruinou. suas primeiras palavras seus primeiros passos as risadas os xiados para acalmar as canções lentas sem sentidos mas sonolentas as tardes de verao jogar bola jogar bola rir parar e lanchar em grupo. a vida social tava um porri, mas nao lhe encomodava. só batia a velha contusão no joelho, que nao se tranparecia pela suas calças levemente folgadas, que lhe deprimia ao passar pela porta da casa. e a infelicidade lhe oprimia e se alastrava e se explodia mas nao transcendia nada por fora. apenas a velha inexpressividade aterrorizante esmagadora que agonizada de dor e tortura. ela infielmente sagaz e peculiar demais pra se entender. a hipocrisia de sorrir se entristecendo por dentro. ela sabia o que passava e nao sabia como lidar. era só mais uma separação. a corte judicial cuida disso, ou destrói.

sábado, 1 de agosto de 2009

jovem romeu.

Estava num onibus. Mato lá fora e passageiros atacados pela saudade dentro, pelo menos eu estava. Depois de tantos desejos, tantas loucuras, tantas lágrimas e risadas, depois de declarações e dos sonhos eu finalmente iria ver meu Romeu.
Acabado de entrar no onibus eu já estava sentindo boroletas surgirem, o estomago revirar, as pernas tremerem e a voz falhar. Ajeitei o meu violão no meu canto direito para não atrapalhar minha amiga que logo logo voltaria com besteiras pra comermos. Parecia que eu estava vivendo 14 anos de novo. O tempo nao passava e começo a achar que este ônibus é uma espécie de nave espacial que nos levará a aliens canibais. Eu etava mesmo normal, começava já a ter paranóias e minha amiga tinha dormido na cadeira ao lado.Deve estar sonhando com o tal garoto esperou pra ver o ano inteiro. Os presentes de natal estao chegando. Tomei um comprimido e finalmente dormi.
Algo faz arder meus olhos incansavelmente na luta de fazer eles abrirem. Era o sol. Eu havia esquecido de fechar a cortina do onibus. E não passou tempo demais e já haviamos chegado. Os olhos inchados, a roupa desajeitada, e chips espalhado pelo chão do onibus. A única coisa que permanecia no mesmo lugar era meu violão que durante tempos eu juntei meus trocados para te-lo.
Eu senti um grande alívio quando saí do onibus. O ar, puro invadiu meus pulmões, e minhas pernas falharam. Nada melhor como começar o dia de cara no chão. O gosto de sangue pestanejou em minha boca. Um rasgão no lábio infeior e um band-aid no canto direito da minha testa.
Nós tomamos café-da-manhã e eu ao terminar o meu ultimo biscoito de pouvilho, quando ouvi uma musica infernal aumentando cada vez mais. Era meu celular. ELE. er, a música já não me era um incomodo.
-Bom dia.- Aquela voz fez meus braços arrepiarem, o meu café-da-manhã dançar em meu estomago, toda a loucura havia voltado.
-eer, bom dia. rs- Você não tinha nada melhor pra falar né karol! AF .
Nós marcamos rapidamente o lugar onde iriamos nos ver. Ele já havia saído de casa e o último biscoito de pouvilho foi deixado no prato. Meu cabelo preso, agora solto. Meus olhos nus, agora com cor. Meus lábios secos, agora com um tom de pêssego. Ajeitei minha roupa e recoloquei a tiara. Me sentei pra ver se a borboletas paravam de festejar em meu estomago. Eu estava pálida , fria e imóvel. Eu ia conhecer, aquele que por tantos anos sonhei com nosso encontro sem me limitar eu imaginei em tais loucuras que cometeriamos e nem uma palavra a ser dita, apenas gestos. Tudo que eu precisava dizer já havia sido dito. E só de pensar ficava aflita. O nervosismo se apossara de mim. A timidez não desgrudava nem um tanto.
Estou toda arrepiada, as borboletas que finalmente haviam se acalmado, agora estavam loucas. Ele se sentou ao meu lado. É ele. É ele. É ele! O cabelo bagunçado, os olhos brilhantes, os lábios rosados, os braços magros. Ele era mais lindo que eu imaginava. E enquanto eu pensava nisso eu estava feito uma idiota olhando pra ele até que fiquei com vergonha, as bochechas rosaram, falei oi e dei um meio sorriso. Ele me abraçou formalmente. Maldito nervosismo. Ficamos igual dois mimicos, calados. Só olhando um para o outro. Até que eu puxei um assunto nada a ver e começamos a conversar. O meu próximo onibus era a tarde. Aquela manhã seria de Romeu e julieta.
Ele me contou tantas histórias e meus olhos nitidamente brilhavam. As vezes ele parava de falar e eu ainda o fitava bastante e não percebia o quanto ele estava sem graça. Então peguei meu violão e decidir cantar uma musica que realmente pensava nele. O vermelho estalou em nossos olhos. Ele atento não sabia se olhava pro violão ou para mim. Toquei minha favorita do disco ruru elizabeth, Golden. Devo ter errado duas ou tres notas. Ele parecia hipnotizado com a situação. Minha havia desgrudado do violão e sem nem respirar. Quando dei por mim, minhas mãos estavam torneando o seu rosto macio e seus lábios estavam colados com os meus. Eu sentia sua respiração como se fizesse parte de mim. Eu esperei tanto por esse momento. Não queria que acabasse. "E foram felizes para sempre". Esse momento era meu para sempre. Ele era tão doce. Enquanto ficava falando sobre a vida dele, nós dois abraçados sentados num canto, e as vezes eu cantarolava She had the world quase susurrando "She'd wanna kiss you all the time" de modo que se tornava especial por só ele ouvir, e me entender. O quanto falamos, rimos, beijamos, nos amamos. Eu realmente queria parar o tempo, eu queria aquilo pra sempre.
Já era tarde e meu onibus ja havia chegado. Minha amiga havia chegado e me chamado para me apressar. E na mesma hora suas mãos pressionaram minha cintura como se quizesse que eu saisse dali. Ele me abraçou forte e começou a dizer várias bem baixinho em meu ouvido " Por favor não vai, não vai, porfavor." Eu o abraçei , minha amiga ja tinha saido sem percebermos. Eu o olhei profundamente. Eu o olhei...O olhei e disse " está tudo bem". Eu tinha que ir o onibus já estava indo embora, ele puxou me abraçou e me beijou, olhou pra mim. E riu. "É, eu te amo." Beijou minha testa, arrancou o seu corsão que sempre carregava consigo e enquanto nos beijavamos, ele abriu cuidadosamente minha pequena mão e deixou ali o cordão. Ele acariciou meu rosto e me disse tchau. Romeu e Julieta dessa vez não morreram. Mas saudade envenenou e apunhalou os dois. Bom eu segui meu caminho com meu caderno na mão reescrevendo como seria meu próximo encontro perfeito. A mágica continua.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

I miss You by And ( modificada por Qarol)

Bem, não sei porque, mas hoje. Hoje me bateu aquela saudade de você. saudades das webs ligadas, das palhaçadas, das risadas, das preocupações. Saudades das discurssões que apareciam constantemente em nossa vida. Mas a mágica parece que foi acabando e o truque foi perdendo a graça pra você. Sabe, hoje acordei chorando, lembrando de você .. querendo que pudesse voltar naquele sábado a tarde, 16 de maio, quando falei contigo pela peimeira vez. Primeira vez mais divertida, que me faz sorrir a cada dia que eu me lembre dela .. saudade que nunca vai ser morta, ou talvez um dia. Não por eu não querer a morte dessa maldita saudade que me afligi. Mas sim pela diferença entre nossas afeições. Até que o dia em que tudo esfriou, e que eu parecia ser a última pessoa no mundo que você realmente iria amar de verdade, veio a tona. Me deixou aqui triste, e pensando no que eu errei pra você deixar minha mágica tão barata. Todos sinais eram verídicos de que você não ligava mais pra nossa relação. Me dói tanto vezenquando, quando vejo nossas conversas de antes, o quanto adorava minhas besteiras e como me achava especial por ser diferente. Saudades das coisas mais tolas, das cantadas ridiculas e das olhadas em quanto batidas de violão eram soadas como fundo musical para esse filme eu criava em minha mente superficialmente bi-polar. Agnt se entendia pelo olhar, uma coisa incrível. Era só ligarmos as webs e não havia mais ninguém no msn.Ficávamos brincando e rindo fazendo caretas e bicos. Com uma sensação de satisfação. Com um rosto de alívio e agradecimento por estar ali naquele momento . Quando vejo sua janelinha subindo no msn, me sinto aliviada por você estar ali, eu me sentia bem melhor do que quando você não ficava on e meu coração apertava sem saber o que havia acontecido com você . Hoje, o meu maior arrependimento ou agradecimento foi ter te conhecido. O meu leve e frágil coração não resistiu e se levou a amar incondicionalmente você. E infelizmente resistir a seu duro desprezo, e pouca importância que se dá ao valor que tenho por você. Eu realmente quis ou quero fazer você feliz. Mas me sinto que sou a última pessoa que você quer ser feliz. Aprendi que muitos garotos não sabem olhar para os lados e veêm que sempre existirá uma garota especial que olha pra eles com outros olhos.
Sabe, que eu nunca acreditei em amores a primeira vista. E que toda essa conversa tediosa conversa nao me leva a nada. Mas eu nao entendo quando meu coração contradiz o que eu digo ser 'razao'. E me mostra que a vida é feita de imprevistos e puro acasos. Eu chego a pensar " nao existe amor". E lá vem de novo o meu coração, que ultimamente fez uma certa cumplicidade com essa tal de razão, me mostrando que existe amor. E existe mesmo. Dentro de mim. Sabe um sentimento tão inesperado, tão gostoso de sentir, e tão doloroso. Me desculpe, mas não a melhor pessoa pra falar de amor, eu nunca aprendi a amar. Meus amores sempre bem solitários vivendo de uma só parte. Eu. E eu sempre muito fraca desistia no meio do caminho. As pedras de machucavam, o sol me cansava, a dor corroia a alma. E eu me via a um milésimo de segundo a me derramar em lágrimas. Elas secavam. E tudo que me restava era esperar, para elas voltarem e eu poder jogar tudo aquilo que eu tentava engolir, pra fora. Mas tudo muda enfim , e eu tiro forças de Deus. Eu continuo nas pedras, no sol, chuva, vento. Eu continuo numa guerra, luta ou qualquer metáfora que pode ser usada nesse texto. Mas é diferente.Eu nao quero amar mais uma vez pra sofrer. E sabe, muitas meninas procuram musculos, caras bonitos ou que sejam muito desejados e tudo mais. Eu procuro um cara legal, o magrelo bastante para não se importar com uma coisa tão banal como o físico, com algum tanto de inteligência que me ame mais do que eu amo ele. E que talvez não ligue se eu tiver meus ataques de bi-polaridade. Que não tenha medo na hora de me ajudar. E que me incentive a continuar no caminho certo. Que sabe a hora de pararmos, se talvez uma vez eu não lembrar dela. Saber dos nossos limites. Que seja totalmente racional, e ao mesmo tempo muito bobo. Que faça uma ou duas canções sobre coisas que ele gosta em mim. Um sorriso, uma palavra, um toque. Que mais do que eu, sonhe com nós dois. E que adore minhas bobagens. Que eu não seja só mais uma fofa. Mas a mulher da vida dele. Um cara que goste de se vestir bem, e talvez seja meio nerd. É eu gosto de nerds. Sabe eu só procuro ser diferente, nas coisas boas. Eu sei que um dia lá na frente vocês vão olhar pra mim, e ter orgulho da menina que nunca parou de acreditar nos seus devaneios, que postava num blog vazio e ao mesmo tempo cheio. Numa menina que acredita em ser como Flicts.

terça-feira, 28 de julho de 2009

burrices.

eu te amo. mesmo mesmo. eu até carregaria um caminhão nas costas por você. Seria tolice pois não provaria muita coisa, alem de me machucar. Pois entao eu escreveria um livro sobre como é beijar seus lábios e faria uma canão sobre o que sinto quando toco sua mão. eu poderia olhar nos seus olhos que ao invés de fundos e cor de basalto como a triste lua, como os meus, os teus olhos são cheios de brilho e vida. E não me importaria em tontear pelo seu hálito refrescante e venenoso. e sentir suas narinas ofegar em meus doces lábios pelos teus beijos e sentir sua voz quase inaudével, susrrar em meus ouvidos versos de amor. versos inexplicáveis e absurdos, mas de amor. talvez um caminhão seja tolice, mas acho que dá pra entender em porcentagem insgnificativa o que sinto por você.

domingo, 26 de julho de 2009

uma confissão pra você,

Se uma dia em qualuqer lugar você já foi meu "super-homem",entao porfavor venha me salvar. Os meus olhos ainda te procuram. E os teus abraços quero sempre em dias de invernos nublados. E nos verões chuvosos quero que abra seu guarda-chuva para juntos nos proteger das lágrimas que o céu chora. E mesmo sendo impossível que nossos olhos consumem o desejo de nossas palavras ambiciosas em sabaer mais e mais um do outro, teremos lindas primaveras a andar pelos ipês em tons amarelados sem dizer apenas uma palavra. E você arrancará a flor mais bonita e colocará junto ao meu rosto dizendo 'tão pobre flor que se junta a formosura deste rosto. A mais bela flor que ja colhi'.

talvez normal para mim.

(23:31) tiopin:
DSJAHDJKSAGHSAKJ, mesmo se estivese perto cum qalker meninã
(23:32) qarol. :
cmo assim?
(23:34) tiopin:
tiop asim, no existe uma menina asim para mim,
(23:34) tiopin:
linds, fofa, q seja uma pessoa agradavel, q fale coisas belas pá
(23:35) tiopin:
iso, apenas na minha mente existe, um mont se for contar pelas q eu inventoo , para mim, saun apenas ilusoes
(23:38) qarol. lendo bio:
igual a mim, nao existe um cara qe invez de chocolate e presentes, no dia dos namorados, fizesse uma musica, qe me ame além de tudo e me ajudasse nos momentos dificeis, e qe brigaria cmg por coisa boba e no meio da discurssao me beijass como se o qe ele precisasse naqele momento fosse a qarol fofa, e qe me desse ao inves de um buqe uma rosa apenas e qe escrevesse sobre meu sorriso, e mesmo qe saisse em pobres palavras pra mim seria o texto masi lindo do mundo
(23:38) qarol.:
um cara qe me ve de vestido e me ache lindes, e me ve de molenton cm o belo preso e oculos e me ache maravilhosa
(23:39) qarol. :
algm qe me proteja e ore por mim, pra qe eu seja sempre uma pessoa de Deus na vida dele
(23:39) qarol. :
eu nao sei se ainda vai existir algm asim pra mim.
(23:40) tiopin:
{sem palavras}

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Ato chuvoso.

Lá fora chove. Chove lentamente, vigorosamente.Parece que a noite recua e se acanha. Meu coração devaneia entre o passado e o presente, e o futuro...quem sabe virá! Lá fora chove...O asfalto parece um espelho.Reflete o meu corpo molhado, molhado de saudade do amor que era e não foi compartilhado. Lá fora chove...E você? Tá refletindo sua luz aonde? Sonhar, cantar, musicar... É assim que eu sei (Eu sei)É assim que eu sei!Se o passado soubesse de tudo,Talvez não errasse tanto no presente. E talvez não pensasse tanto no futuro. (lafusa)

domingo, 31 de maio de 2009

Diário de uma Americana (1984)

Aquele dia que resolvi sair de casa. Saí as pressas calçando meus sapatos no opala 78 de minha amiga Catarine. O assunto não era outro a não ser os garotos da discoteca. Eu muito tímida não me encorajei a ter nenhum rolo com os brotos daquela daquela noite.Entramos e as luzes do globo sobre meu rosto começaram a dançar e a batida refletida nos óculos escuros dos rapazes enjaquetados no balcão. Fui tomar um milk-shake. Um dos belos rapazes sai do balcão e me aborda com suas mãos em minha cintura e susurrando delicadamente, pra alguém que toma uma postura tão inadequada, diz: "aposto que você fica bonita da pista" e me deu um sorriso largando seu óculos na mesa, me puxando pela mão direita. Eu não sabia se ele estava procurando romance ou...
A noitada estava sendo ótima dançando em rítimo acelerado. Ele bruscamente me puxou para fora da discoteca e rimos bastante. Era algo inesperado de uma noite de sábado. Ele me falava, enquanto sentavamos na calçada , sobre coisas absurdas como me dar as estrelas e roubar o sol pra me aquecer nos dias de intenso frio. Ele desacreditava em amor a 1° vista, como. Até nos conhecermos. Bom, foi uma noite muito romântica na traseira de seu santana 84. Amanheceu o dia e o sol bateu em meu rosto me cegando por alguns instantes. Percebi que ainda estava no carro. Eu me assustei. Peguei minhas roupas e vesti num estalar de dedos. Eu precisava ir, antes que soubessem de minha loucura cometida ontem. Enquanto calçava os sapatos ele me puxou e me roubou um beijo. Foi o beijo mais triste que dei. Em saber que não iria mais sentir seu corpo junto ao meu, e que aqueles lábios doces e aveludados nao me tocariam mais, que o seu calor não me aqueceria mais e que o nosso amor não mais cederia aos nossos beijos, me deliciei em seus lábios como se fosse a última coisa mais importante que faria em toda minha vida. Ele me olhou nos olhos, sem medo de se perder no buraco negro de dor deles, e susurrou tão perto que seu hálito doce e delicioso me deixou tonta, e disse " porfavor não vá" . Eu lutei contra elas mas sempre fui fraca, e pelo meu rosto avermelhado elas rolaram umidecendo seu peito nu. E só me lembro de ter pedido perdão e ter saído contra a brisa daquela manhã. Eu não sei quem ele é. Não sei como se chama. Nem sei se vivo ainda está. Eu só guardo fotografias de lembranças de um grande amor de um sábado a noite.

sábado, 16 de maio de 2009

Leite com biscoitos.

Se me visse afogar todos os meus problemas naquele copo de leite e biscoitos, saberia que as paredes brancas nao fazem juz ao meu raciocínio.
Se tentei namorar a lua foi porque sonhava de dia com esta alucinação e me rendia a ela com o pôr-do-sol. Me condenar a viver sem ela anulou essa medíocre sentença. Condenar ela a viver sem meu amor nublou as noites e os dias com um tom mais de cinza, luto e dor. Meu coração não se fortaleceu. A lucidez foi se dispersando em meio a neblina de meras ilusões contínuas que vão se entrelaçando em minhas cordas vocais esmagando-as concequentemente condenando todo nosso amor , qe me lembrava o cheiro de rosas vermelhas, a um dia indiferente da noite. Num canto branco e fechado. Agora em meus momentos de confissão lhe conto a verdade que só estou na Terra até hoje porque vim te buscar flores.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Safra de 99.

Andei por essas estradas vagando. Nas pedras que chutei, que me chutaram.
Nas flores que arranquei , que arrancaram de mim.
Se não te procurei, o teu perdão desejo que saia de seus lábios ardentes. Pois levei todas as lembranças de nosso affair misterioso que quebrou todas as barreiras da decência do século XVII.
Se não te procurei, foi porque me achaste junto a tuas roupas que cheiravam a vinho da safra de 1999 que tomamos noite anterior.
Ainda sinto os seus lábios se deliciando de minha boca. O modo que me envolvia em seus braços era enlouquecedor.
Vaguei por essas ruas que conheço, imaginando como o nosso amor teria dado certo se Arlequim não tivesse voltado.

Devaneios.

Quero gritar até minhas cordas vocais se rasgarem. Quero correr e pular até minhas pernas se quebrarem. Estou inspirando e expirando tão rapidamente que sinto meus pulmões explodirem. Meus coração, acho que vai fugir pela boca! Ele bate tão forte que arde em meu peito.
Quero cantar cantar e serei tão desafinada que quebrarei os vidros das janelas desta sala. E quero cair no chão e mexer meus braços e minhas pernas e fazer um anjo no concreto deste andar.
Quero dançar e dançar ao som desta noite até meus pés não suportarem meu corpo. Estou tão perdida em meus sonhos que não consigo me encontrar, na verdade, eu não existo mais. Só consigo ver você! Ah meu Deus você me deixa em total extâse, estou em estado de loucura!
Talvez você não chegue a ler isso, talvez eu não leia mais isso , talvez esse texto desvairado nunca seja lido. Mas sou obrigada a escrever , antes que meus pensamentos se explodam e minha cabeça e eu acabe entrando em coma outra vez. coma d'alma.

Eu realmente não sei.

Estou nervosa, minhas mãos estão suando frio, as minhas pernas estão tremendo. Estou insanamente falando coisas absurdas. Eu não sei, meus olhos brilham mais hoje.
Meu coração em batimentos acelerados. Ele passa por mim. Estou estática! Estou reagindo estranho, acho que um novo sentimento está entrando na minha vida...E sei que todos perceberam.
Sou obrigada obrigada a fingir que você não existe, que minha vida não tem cor que o suor de minhas mãos não escorreram sobre meu rosto que não ri não chorei não gritei mesmo de alegria que muitas vezes não me deu vontade de correr e correr até abraça-lo e fingir que nunca não me importaria em adoecer só pra te ver mais vezes, se for pra te sentir aqui perto de mim. Nem por um segundo não quero te ver longe e as vezes eu respiro e respiro e não me faz sentido você não estar por perto e vezenquando você me doía tanto e eu e minha companheira insônia,maldita de todas as noites que me acompanha, me faz escrever coisas que nem eu mesmo entendo. Coisas que não fazem juz aos meus insanos sentimentos por você. Eu não entendo, não entendo. Estou sem sono, já está amanhecendo e por onde vago, as cores começam a aparecer e eu te vejo atras dessa parede que vidro e tento me esconder, maldita timidez. Estou andando, estou nervosa, minhas mãos suam frio...

Vento frio.

Me despedaça. Com se faz bem-me-quer, mal-me-quer com uma flor. Me despedaça. Dá uma facada em meu peito que quebra estilhaça, se disperça no obscuro de minh'alma. Me despedaça como alguém como alguém que não se quer um momento de dor sem pensar no próximo. Me mata com este pêndulo de dor que vai e volta, vai e volta, vai e volta em meu coração.
Enquanto festejas, há um coração que arde de amor não correspondido. O pêndulo aflito se mantém estático. A dor pérpetua que corre bruscamente, enfesta minh'alma em chamas. O ardor das chamas enche meus olhos que gotejam de aflição.
Me despedaça em risos sarcásticos de maldade que nao se ouvi em qual quer esquina, em qual quer coração. Ouço no meu.
O Amor que procuro em mim, está vagando por estas ruas que desconheço... Encontraste meu amor? Se o encontrar, manda-o vir logo. Antes que os pedaços da alma impassiva se vá com o vento frio que beija minhas feridas.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Pierrot.

Sabes Pierrot, tem um garoto que, não sei. Ele estava sorrindo. Sabes que nunca me importei muito com as expressões faciais das pessoas. Mas, RS, seu sorriso. Era muito familiar, me lembrara alguém, alguém que gostava muito. Eu não sei quem. Sei que estava a vagar quando passou um mero vulto. Ah Meu Deus era o vulto mais formoso que já vira em toda minha vida! Seu sorriso torto... aah, o seu sorriso, ele havia me tirado de uma escuridão continua e perpétua. Não que eu morava nela, mas havia uma parte do meu interior que ela alcançava. é, realmente eu gostava daquele sorriso, confesso. Mas não era pelo fato óbvio de todas as moças se derreterem de paixão pela sua beleza inconfundível! Eu estava vendo algo que acho, que por loucura minha, ninguém estava vendo. Eu via um menino, uma pequena criança, marcada pelas feridas da infância que se escondia atrás da sua intensa timidez. Oh céus! Naquele dia eu percebi que ninguém o vira realmente. Mas, enfim, falava sobre seu sorriso que naturalmente se escondia em seus lábios rosados e bem desenhados. Eu o vi sorrir de orelha a orelha. Seus dentes brancos ofuscavam qualquer luz medíocre por perto. Eu não sei. Lembrava-me alguém. Pierrot, a partir deste dia, eu não me aquietei! Aquele brilho no seu olhar perdido em meio as risadas fortes havia me conectado a ele, isso era normalmente irrelevante, mas ele, RS, ele não só se conectou comigo! Seu olhar me perseguia, eu não sei, o seu sorrir não saía de minha mente nada lúcida. E aquela criança Pierrot? Pierrot? E aquela criança que vira diatrás em seus olhos negros? Seus olhos intensos! Eu não conseguia olhá-los. Eu tinha medo de me perder neles! Aaaah, Pierrot! Eu não sei. Não tenho dormido direito, percebes em meio ao meu rosto pálido, minhas olheiras fundas e roxas. os meus superiores reclamam de minha falta de atenção! Droga, eu não tenho culpa! Ah garoto! Porque não queres sair de minha cabeça? Sua conexão não me dava espaço! E eu que conversava com ele no dia passado , sua voz grossa e escassa, me assustava um pouco... mas com o tempo me apaixonara por ela.aah,Pierrot, o engraçado é que o seu sorriso me obriga a rir também! Pierrot, Pierrot. Eu não sei! Acho que ele nunca olharia uma insignificância do mundo, eu. PIERROT, esses dias ele estava diferente! Ele me cercava com palavras bonitas, eu não diria bonitas, alias, interesseiras,galanteios, acredito.. sabes que ri. Pierrot! Ultimamente estou ficando deseperada ! estou perdendo minha conexão com ele! Pierrot! Pierrot! Ele está indo embora! Eu estava correndo, mas sabes que tenho pernas curtas, eu não o alcancei! Oh meu Deus! Pierrot ele não pode ir embora! Eu preciso vê-lo sorrir ! Preciso um dia saber qual o gosto de seus lindos lábios rosados que me prende, me rende totalmente, inteiramente a ele! NÃO PIERROT ele não pode ir embora! “Seu sorriso, seu sorriso” era o que conseguia pensar... infinitivamente mais nada. Aquilo que me confundia no começo, me enlouquecia, me excluía, me prendia fora embora! Aar, Pierrot, não fazia sentindo! Confesso que em profundo sono eu ainda o procuro! Pierrot o seu sorriso, o seu sorriso.. não me fogi da mente! Ah Pierrot! Se soubesse que era isso que pensavas quanto tu passavas por mim. Pensavas, vezenquando pelo menos.